MAGIA DA CACHOEIRA

MAGIA DA CACHOEIRA

Tarde, o sol queima sem dó.

O corpo arde. Na garganta um nó.

Saio andando... Não tenho um rumo.

Meu ser parece sem prumo.

Sem entender sigo as águas do rio.

Chego ao tombo da cachoeira.

Aqui o ar sopra mais frio.

Fico olhando a água na corredeira.

Vou descendo, apreciando a magia.

Medonho o rumor da água a rolar.

Sinto certa agonia.

Parece que vai desabar.

Olho para cima, tudo misturava

De repente nem mais sabia

Se a água que descendo rolava

Ou a terra que apressada subia.

Divinópolis, 04-02-2001