![](/usuarios/57901/fotos/566644.jpg)
OLHOS DESERTOS
Ah, no deserto do próprio céu gelado, há sulco nos olhos.
Porquê este ardor?
na descida uma estrela qualquer
e ao seu calor fundir a neve que bastasse
à lágrima pedida pela futura morte.
Brilham como pérolas os prantos.
meigas fábricas de quietude e solidão
no calmo cinza branco da sua breve cor.
Rolando incansáveis dores, outros mistérios.
Que longe se vão no ar amargo, sob o ímpeto
delirante de leis extintas,
sentir-lhe os soluços consumidos
Perco-as entre conversas, o sono, o amor.
Aos olhos desertos sua ausência os desgasta,
me banhando em águas de sal.
"Somente quem passa pelo gelo da dor, chega a inocência do amor."
OBS: Esse texto não é baseado neste momento da minha vida, mas de certo que todos nós já vivemos algo parecido em algum momento.
Afinal nunca amou aquele que nunca sofreu.
E de certo muitas lágrimas fizeram o oceano transbordar.