Filha dos ventos


Ficaram na minha garganta presos
Contidos, deixados no desprezo
Cada um dos meus versos
Hoje ferozes e precisos.

Não! Meus versos não serão bélicos
deixarei que seja como Zéfiro
Suaves e tranquilos
Que sigam no vento
Não quero despertar as minhas
tempestades, dormita o meu Eurus
Os Deuses conspiram para o meu silêncio!

Teceria com audácia as palavras mais amargas
E responderia intrépida como Bóreas
As ofensas que me lançam, como raios
Mas hoje eu apagarei as nuvens de Nótus
E deixarei azul o céu das minhas poesias.

Dancarei uma ciranda com Siroco e Lips
Porque ainda hoje eu serei harpia e cantarei
entre os mármores de Partenon.
Hoje eu sou filha dos ventos!
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/02/2011
Reeditado em 17/02/2011
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