PSICOBIOGRAFIA DE ALGUÉM QUE EXISTE E A TUDO ASSISTE
Tenho medo...
De revelar meus segredos
Da falta de sorte
De não fechar meus cortes
De me olhar no espelho
E descobrir que sou feio.
Tenho medo...
De subir a escada
De andar pela auto-estrada
De olhar a minha cara
De enfrentar os traumas
De encarar os problemas
De elucidar os dilemas
De abortar as mentiras
De não cicatrizar as feridas.
Tenho medo...
Da realidade, da saudade
Das angústias, das verdades
De me sentir castrado
De ver meu outro lado.
Tenho medo...
De altura, da loucura
De não superar as amarguras
De ser uma alma impura
Dessa secura na garganta.
Tenho medo...
Da chuva forte
Que leva rumo norte
Do dia-a-dia, de almas frias
Da velhice, das caretices,
Das chatices, das burrices, enfim.
Tenho medo...
Do amor, da dor,
Do calor carnal,
Dessa velha união sexual.
Do eterno duelo entre o bem e o mal.
Tenho medo...
De nunca me encontrar
Por isso fujo do sol
Escondo-me da lua
Vivo perambulando na rua.
Atrás de uma gaiola que não seja sua.
Tenho medo...
Da folia, do riso, da arrelia
Da nostalgia, da vida vazia,
Da falta de alegria, da sinestesia
Dos desejos camuflados, sonhos adiados
Pesadelos mascarados e do sabor dilacerado
Enfim, tenho até medo de mim
Contudo acima de tudo...
Tenho vergonha da minha covardia.
Tenho medo...
De revelar meus segredos
Da falta de sorte
De não fechar meus cortes
De me olhar no espelho
E descobrir que sou feio.
Tenho medo...
De subir a escada
De andar pela auto-estrada
De olhar a minha cara
De enfrentar os traumas
De encarar os problemas
De elucidar os dilemas
De abortar as mentiras
De não cicatrizar as feridas.
Tenho medo...
Da realidade, da saudade
Das angústias, das verdades
De me sentir castrado
De ver meu outro lado.
Tenho medo...
De altura, da loucura
De não superar as amarguras
De ser uma alma impura
Dessa secura na garganta.
Tenho medo...
Da chuva forte
Que leva rumo norte
Do dia-a-dia, de almas frias
Da velhice, das caretices,
Das chatices, das burrices, enfim.
Tenho medo...
Do amor, da dor,
Do calor carnal,
Dessa velha união sexual.
Do eterno duelo entre o bem e o mal.
Tenho medo...
De nunca me encontrar
Por isso fujo do sol
Escondo-me da lua
Vivo perambulando na rua.
Atrás de uma gaiola que não seja sua.
Tenho medo...
Da folia, do riso, da arrelia
Da nostalgia, da vida vazia,
Da falta de alegria, da sinestesia
Dos desejos camuflados, sonhos adiados
Pesadelos mascarados e do sabor dilacerado
Enfim, tenho até medo de mim
Contudo acima de tudo...
Tenho vergonha da minha covardia.