De amor também se morre

De amor também se morre

Ciducha

Aos poucos

bem devagarinho,

o coração ainda chora,

a alma parece vazia,

a emoção aflora.

A lembrança permanece,

cada dia mais intensa

e tudo mais perde a importancia,

querendo muito e no entanto

sabendo...

que nunca mais terei o seu carinho!

Não verei de novo,

o brilho intenso do seu olhar,

a me encarar!

Não tocarei seu rosto,

nem terei nas minhas, as suas mãos...

Como é difícil aceitar,

a expressão " nunca mais "...

Ela se assemelha às labaredas,

que vão devorando meus dias,

no crepitar das horas...

dos minutos...

todos feitos de ausência,

da sua ausência!

Nunca mais...

é tanto tempo que me faz pensar,

e incontestavelmente acreditar que...

de amor também se morre...

ainda que lentamente.

Santos, 20 de Janeiro de 2011

Ciducha
Enviado por Ciducha em 02/02/2011
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