Desencanto
Por entre as nuvens em raios de sol.
E um semblante de calmo vigor.
Sem tristeza, sou puro amor
De momentos em que posso brindar.
De soslaio à meia luz ingressar.
No envolvente espaço de cor.
Sem derrota sou puro tenor.
De encantos, a qual voz entoar.
Por entre o vento, a sombra que passa.
Em instantes que a vida é de dor.
Sem tristeza, que morre em fumaça.
Desencanto, em formato incolor.
Devaneio, uma coisa iludir.
E em um peito, que faça cair.
Sem silêncio, o que vem vai deixar.
Os encantos da vida passar.
Por entre os dedos, uma flor hortelã.
Em mistério, que vem existir.
Sem cantigas, sou puro afã.
Nesses versos que vem emergir.