Desencanto

Por entre as nuvens em raios de sol.

E um semblante de calmo vigor.

Sem tristeza, sou puro amor

De momentos em que posso brindar.

De soslaio à meia luz ingressar.

No envolvente espaço de cor.

Sem derrota sou puro tenor.

De encantos, a qual voz entoar.

Por entre o vento, a sombra que passa.

Em instantes que a vida é de dor.

Sem tristeza, que morre em fumaça.

Desencanto, em formato incolor.

Devaneio, uma coisa iludir.

E em um peito, que faça cair.

Sem silêncio, o que vem vai deixar.

Os encantos da vida passar.

Por entre os dedos, uma flor hortelã.

Em mistério, que vem existir.

Sem cantigas, sou puro afã.

Nesses versos que vem emergir.

Fábio Alvino
Enviado por Fábio Alvino em 02/02/2011
Reeditado em 03/02/2011
Código do texto: T2767856
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.