RELÍQUIA ÍNTIMA
Perpassa a brisa pelo meu rosto,
Brando queixume, que tão triste cala
em suspiros exala:
Sou eu, sou eu, sou eu!
D'um aflito pranto com sombrio véu,
Quem murcha as flores?
Quem te pinta amores d'um puro céu?
Sou eu, sou eu, sou eu!
Na amenidade do silêncio meu,
Ao lado teu...
Não sou mais eu, não sou mais eu!
Se alguém suspira por um amor teu
Se alguém se aflige em te ver chorosa
Se alguém se alegra com um sorriso seu
De certo que sou eu, tão teu, tão meu...!