Opus Dei
Já te procurei em tantas casas,
Endereços entre muitos números...
Em covas fundas e rasas,
Em estradas, em diferentes rumos...
Já tentei entender o teu nome,
Seus segredos, seu livro, suas palavras.
Nos olhos de teus filhos mortos de fome,
E no sangue de suas escalavras...
Como será? Allah? Adonai? Entre outros?
Se és é Pai, Filho e Espírito Santo.
Se és muitos em poucos,
Se és pouco em tantos...
É tão difícil ser alguém de credo,
Vendo a fé por muitos sendo vendida...
Os olhos distantes que medro,
Na sua imagem por igrejas corrompidas...
Onde eu não lhe vejo, mas lhe sinto,
Onde eu lhe sinto, mas não lhe entendo...
Se são poucas as verdades, eu minto,
Ao dizer que lhe compreendo.
Milagres? Onde estão eles?
Ontem à noite, meu telhado caiu,
E nos escombros do que sobrou dele,
Penso que de mim você desistiu...
Ou quem sebe até mesmo você já não acredita,
Testando a fé destes com desdenho...
Nos sonhos ao qual nem me possibilita,
Assegurar ao pouco que tenho...
As minhas lágrimas lhe apedrejam,
E é por pouco que não desisto,
Pois meus pecados muitos desconsideram,
Pois não sou nenhum Jesus Cristo...
Apenas uma parte desta opus dei,
De imagens e semelhanças.
Esperando a volta do rei,
Sem jamais perder as esperanças...