Tempestade

Estraçalho a janela,

fujo com o vento,

derrubo as coisas em volta.

Encontro-me em meio ao nada,

perdida em alguma floresta,

ou qualquer outro lugar.

Passos adiante, movidos pela fé

que não é suficiente para fazer-me prosseguir.

As feridas

chovem em carmim.

Tingindo as roupas e o chão

com seu brilho avermelhado.

Esqueço do resto do mundo,

enquanto a terra molhada

suja meus pés.

Entro numa caverna escura,

corto a penumbra

com minha adaga.

Visto-me de escuridão.

Sem perceber

que fazer parte do infinito

foi meu maior erro.

Giulia Dohoczki
Enviado por Giulia Dohoczki em 01/02/2011
Reeditado em 09/05/2014
Código do texto: T2765325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.