A TARDINHA....

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Já é quase morta a tarde!...

Ah, tardinha!

Em uma súplica do sol,

No ocaso penoso,

Espalha no leito da terra

Um glorioso espetáculo de luzes...

Ah, as andorinhas!!!...

Em uma procissão celestial e triste,

Inundam o horizonte

Desta tarde final,

Num fragor de vôo

Preciso e magistral;

Numa beleza acima de tudo que existe...!!!

E, aqui do meu canto,

Tão soturno,

Anoiteço o meu coração de coturno

A reverenciar o falecer desta beleza...

Vejo a lua a correr

Pelo cetim noturno

A pratear meus prantos

Taciturnos

Saudosos daquela tarde

De delicadeza...

Arão Filho.

São Luís-Ma, 01/02/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 01/02/2011
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