CRENÇA

Minhas noites são indormidas, muito longas.

Absorvo-me em devaneio, sonho acordado,

escuto até o barulho do silêncio, as milongas,

saio do momento, do presente, volto ao passado.

Procuro (será?) substantivar os meus devaneios,

dando-lhes forma, transformá-los numa realidade,

mas, por mais que anseie, não encontro os meios

de fazer dessas quimeras algo que fosse verdade.

Assim estou a sobreviver, só não sei se estou a viver

(mas entre viver e sobreviver há aparente diferença?)

Há, sim, só não sei no momento, na verdade lhe dizer.

Mas, como o tema é palpitante, deixo a minha crença:

não hesite. Se quiser dar vida à vida, portanto viver,

ame com lealdade para ser amado de verdade e vença

levy pereira de menezes
Enviado por levy pereira de menezes em 28/10/2006
Reeditado em 31/07/2007
Código do texto: T276237