Entre páginas surradas encontei adormecido
Um trevo, servo de um tempo saudoso,bonito,colorido.
Entre linhas o vi ali, fragil, quebradiço,ressequido
Porém,pulsando áquele passado ainda não esquecido...
Amarelado pelo tempo, pela febre e longa espera
Continua ali, perfumando poemas, inspirando versos...
Há nele tanta recordação, tantas promessas de outra era
Que ventos de outrora me tornam em pesamentos diversos..
Não importo se o destino caminha-me contrario.
Me deleito nessas frases onde Amo um Amor constante
Gosto do jeito que nos imagino em meu mundo lendário;
Ignorando o padecer, esse"parecer" de uma realidade distante
Contento-me em desenhá-lo nessas letras que rabisco
Em tê-lo e senti-lo enquanto em rimas nos descrevo...
Em sonhos continuaremos,pois, realizar-nos não arrisco
temendo sozinhos terminarmos (como se encontra...o Trevo.)