Todos os Fins

A água dança em seus lábios,

Em uma taça de desejos...

Furtaria teu licor,

Diluiria meu corpo,

Inebriaria meu ser?

O que sei eu da Luz? O que sei eu do Ar?

A vinha em teu seio floresce,

Entre o vigor das brisas,

Com o luzir da Noite...

Em ti tudo nasce e morre com a mesma força...

Sei eu a lascívia é sua Amante,

E não há aquele que não se curve,

Ante sua vontade profana,

Da terra seca faça relva,

Das flores indóceis crie perfumes domáveis,

Das tempestades dar-te lágrimas puras,

De uma estrela faça o Sol vistoso,

De um silêncio as orquestras belas,

E do fim o Deus mais forte - que ainda se curva a ti...

Desfrute... é todos os Fins...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 29/01/2011
Código do texto: T2758822
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