Todos os Fins
A água dança em seus lábios,
Em uma taça de desejos...
Furtaria teu licor,
Diluiria meu corpo,
Inebriaria meu ser?
O que sei eu da Luz? O que sei eu do Ar?
A vinha em teu seio floresce,
Entre o vigor das brisas,
Com o luzir da Noite...
Em ti tudo nasce e morre com a mesma força...
Sei eu a lascívia é sua Amante,
E não há aquele que não se curve,
Ante sua vontade profana,
Da terra seca faça relva,
Das flores indóceis crie perfumes domáveis,
Das tempestades dar-te lágrimas puras,
De uma estrela faça o Sol vistoso,
De um silêncio as orquestras belas,
E do fim o Deus mais forte - que ainda se curva a ti...
Desfrute... é todos os Fins...