Nunca sobra nada para nós
Nunca sobra nada para nós
Nunca me vêem de sorriso… e é culpa dele, deles, de quem não tem juízo
E não é disso que preciso
Porque ser de mim, de além
Já me chega o ninguém
Que me é tudo também
Num fruto verde de maduro
Que de um nascem cem
Da árvore virgem que é mãe
E desse fruto
Que nasce bruto
Nunca sobra nada para nós
Nem que grite sem voz
Se está maduro tem dono
Se é verde está destinado
É sempre fruto mal lavado
E nem me deixo ir trincar
Que fico enjoado
…
Cá estou sem fruto
Abandonado
Lacrima D'Oro