Branca
Folha dupla em branca agonia,
Me olha como tentando arrancar , fragmentar , deixar visivel...
Uma bela poesia
Como se já não fosse dolorido de mais ter que respirar o ar sem você...
Mais ainda me faz doer a vontade de escrever o seu não querer
Decido então nesta minha branca aflição, que nada escreverei...
Talvez seja a nostalgia que as nuvens carregadas de chuva sentem pelos dias passados
E nem adianta eu não olhar pela janela porque seus trovoes me imploram algumas linhas.
Que bobagem a minha
Pilhas de papel sem nada a dizer.
A CULPA É SUA!!!!
Penso então...
Antes essa dor não me ocorria...
A poesia vinha morna,doce como tudo que quero
E como os sonhos dos amantes que por devaneios assim não pretendem mais acordar...
Que não volte então. Para o diabo com aqueles seus carinhos...
Devolva-me aquele travesseiro, todos eles que de fantasia ensopei...
E que de coração quebrantado agora revejo...
AH!! AGORA ESCREVO...
Veja só que triste ironia a folha agora se encontra coberta com coisas que eu não queria...Nem sequer por um dia... Pautar...
Talvez eu queira mesmo encher essa pagina de lagrimas... E assim quem sabe o sal que escorre delas borre o que em vão escrevi e volte de novo a folha a ser branca... Pois assim que eu queria, em um dia sem chuva ... Recomeçar esta Antologia...