Um Samba
A poesia já vem no nome,
Como quem herda, no sangue,
O samba.
Descreves a noite, porém,
Vives de dia.
Esquece das dores quem há tempos não sorria.
Mira, no pranto, a alma
Com pesada artilharia.
Quem diria?!
Quem diria...
Um sorriso largo adornou aquela face
Cansada de sofrimento,
Murcha de tanto lamento,
Morta de tanto que se inebria.
Alegria...!
Alegria... Voa, vai buscar o meu amor.
Mostra pra ela
Meu coração entorpecido com o ardor
Do fogo da paixão,
Do sonho, da desilusão,
Do nunca saber dizer não.
Laiá, laiá...
Porque todo samba tem que ter laiá, laia...