Um Samba

A poesia já vem no nome,

Como quem herda, no sangue,

O samba.

Descreves a noite, porém,

Vives de dia.

Esquece das dores quem há tempos não sorria.

Mira, no pranto, a alma

Com pesada artilharia.

Quem diria?!

Quem diria...

Um sorriso largo adornou aquela face

Cansada de sofrimento,

Murcha de tanto lamento,

Morta de tanto que se inebria.

Alegria...!

Alegria... Voa, vai buscar o meu amor.

Mostra pra ela

Meu coração entorpecido com o ardor

Do fogo da paixão,

Do sonho, da desilusão,

Do nunca saber dizer não.

Laiá, laiá...

Porque todo samba tem que ter laiá, laia...

Daniel Euzébio Pinheiro
Enviado por Daniel Euzébio Pinheiro em 28/01/2011
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