VESTÍGIOS...
Por onde eu passo
fica no caminho
um vestígio
de poesia.
É que eu respiro
e calço nos pés
poesias em
séries.
Elas falam tudo:
de bem, de mal,
eu mesmo não
enuncio nada.
O que sai de mim
sem ser poesia
vale migalhas.
Puros aleives.
A poesia não falha.
E, se for boa,
perpetua-se
e não morre.
Salva os que têm sede
de palavras exatas
unidas umas
as outras,
numa ordem meio
insana, nunca antes
concebida num
vil poema.
Isto é a magia que
eterniza na trilha
rastros perenes
de poesias...