Minha Musa

Minha Musa

Quando junto de mim Tereza dorme,

Escuto o seio dela docemente:

Exalam-se dali notas aéreas,

Não sei que de amoroso e de inocente!

Álvares de Azevedo

Teus olhos iluminados eu já fitei,

Fora a estação de luz mais branda,

Como se o fogo à minh’alma acendesse

Da pureza que encanta.

Já tocara a minha mão levemente

Teu fino rosto de suave encanto,

E já sentira o calor de teus lábios

Os meus por engano.

Ah! Minha menina de brancas vestes

Com o pudor infante de real doçura,

Palpita no seio e revelas no falar

Gestos de ternura.

Enquanto dormes como um ser divinal

Eu te sonho e mais sonhava outrora

No teu sorriso de Serafim e no abraço

Que faltam-me agora.

Deliro! Vejo-te e ouço-te comigo

Suspirando o amor triste de ultima hora,

Onde estás cândida figura que pra mim

Hoje estás morta?...

Eu sei, que minto este último verso,

Pois adoro-te no falar, olhar e sorrir

E na vida, deu-te Deus terna graça,

A qual eu sentir.

Oh! Débora, um outro beijo como outrora

E deixa-me neste vazio de figuras...

E apenas sonhar-me-ei com tua beleza

De expressões puras.

_Tragédia! Os meus lábios dizem.

E com majestosa, pálida e pura beleza

Do longínquo calor de teu corpo repousa

Minha emane tristeza.

Mas dormes com teu sonho de agora!

E os sorrisos belos no rosto estampar,

Suspirando e gemendo de nova paixão

E a mim só desdenhar.

Visitem meu blog:

www.poesiarteeterna.blogspot.com

Oziney Cruz
Enviado por Oziney Cruz em 27/01/2011
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2755207
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.