MEIO A MEIO

Incontido desejo da juventude,

Revirando a praça do sonho.

Ao abrir voraz o próprio ataúde,

Espanta-se consigo todo medonho.

Não quer ver, sai correndo pela rua,

Não acha nenhum companheiro.

Só a realidade perdida e nua,

Vai descrevendo o atroz roteiro.

Palpitações mil devolvem-lhe a alma,

“Alavancando” ao nada a sua calma,

Fugidia lá no fundo do coração.

Assim a vitória chega de permeio,

Dividindo tudo que tem ao meio:

- Até mesmo a sua "fome de solidão".

Goiânia, 27 de janeiro de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 27/01/2011
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