volto ao espelho
do rosto ao esquecimento
idade é ilusão encurtada, lenta
tenho pedras preciosas "nos rins "
aguardo noticias boas,sem euforia
há versos nos pátio do céu
regressos na nostalgia
gosto de observar cada manhã aquarela
quantas interrogações
voam pelos instantes de cada ""ser"
há sede brotando do horizonte
graças a DEUS
não fico em pânico
mantenho-me calada
enquanto a vida se distancia,
vou entornando poesia
não é mesmo o que eu tinha sonhado
vivo feliz na aurora
no afago de impossiveis
no coração desse mar
areias e metáforas misturam-se
meu canto rouco elucida-se
o vento passou , o tempo gritou,
as gaivotas são as mesmas...
poemas e sementes
no espelho d'agua
na morte do peixe
na insignificancia de algum adeus
mora a eternidade que ainda emociona
meus cabelos esvoaçados
deixam fios em alguma lenda
da cadeia alimentar
chamada tempo
volto ao espelho
vejo meu rosto,esquecimento...
vôos perfeitos, corpo imperfeito
estradas poeirentas
respingos, perigos,
cacos de vidro n'agua
gaivotas berram
fogo nas asas,
afinal , o que são poemas
ou páginas,
ensaios despidos
de nuvens caprichosas
no espelho d'agua
desse mar, esquecimento ...
desse mar nesse momento...
perigo! cacos de vidros
na água...