O APOSENTADO DA PRACINHA

Lá na pracinha

Á tardinha

De um interior afastado

Chega o homem encurvado

Vem carregando a idade.

Pé de chinelo,bermuda

Voz vagarosa,miúda

Olhar caido,cansado

Fica olhando a cidade.

Não tem mais pressa,o grisalho

Não volta mais pr'o trabalho

Não há ninguém a esperar

Só vive em honra do outrora

Basta-lhe a paz do agora

Não há mais onde chegar.

Mas vive em paz no seu banco

Tem sempre o sorriso franco

De quem já carregou seu fardo

Traz em seu rosto franzido

Orgulho do dever cumprido

Sorri,feliz,o aposentado.

Quitéria Régia
Enviado por Quitéria Régia em 26/01/2011
Código do texto: T2753533
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