ESPERANÇA IMPOSSÍVEL ( Alexandrino)
ESPERANÇA IMPOSSÍVEL
Meus versos não servem para nada querida,
Ao lê-los , amassa o papel , faz uma bucha,
Atira ao lixo com uma raiva incontida,
Blasfemando , injuriando , como uma bruxa.
Não vi nada assim até hoje em minha vida,
Vai de tela multicolor , à tela roxa.
Fico com minha vista toda escurecida,
Tez amarela pálida, assumo, sou trouxa.
Espero um dia num lugar qualquer , talvez
Entender esta ira tamanha , insensatez
Vindo de você minha musa inspiradora.
Acomodo com a minha triste desdita,
Rasgar meus poemas, meu coração palpita,
Certeza , será minha primeira leitora.
Goiânia, 26 de janeiro de 2011.
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