SAUDADES
As suas malícias aguçam-me
Liberto-me de amarras do passado
Inconstante como a chuva engulo cada gota gelada
Concentro-me no seu inquieto olhar
Embrutecida tento lapidar-te
Andando contra as duvidas
Limito-me aos nossos momentos
Encontro em ti as entrelinhas dos meus versos
Nostálgica reflito os seus sentidos
Conspiro sua essência no meu paladar
Alucino-me com suas subjetividades
Recaio-me na bruta realidade
reconforto-me com a frieza da lua
distraída com o cinza do céu
silencio-me com a saudade amarga
lembrando de você