Canta, em mim, um verso solto.
Triste? Não importa
desde que o verso sempre cante
e me encante de uma beleza perdida.
Esquecida? Não importa
desde que de beleza ainda me encante,
alguma beleza ainda não nascida
e no desejo de sê-lo, ainda não preservada.
Um olhar se faz poesia, e se faz de repente
Triste? Que seja como for
como puder ou tiver de ser
desde que o olhar não se canse nunca
de ver ou de querer ver, de poder ver.
Quando não vê, sabe que tem...
Um sonho insiste ainda
e nada mais é do que uma vontade
essa necessidade vital de sonhar
e essa capacidade sem igual
de tornar alguns sonhos possíveis.
Um verso solto canta
numa beleza que há e não há.
Um versos solto me encanta
na beleza que sempre deve haver
na poesia desse olhar repentino
que vê e ama antes o que vê
e o que não vê quer ainda...




Bom Jesus dos Perdões-SP, em 24/01/2001
na Biblioteca Municipal “Rachel de Queiroz

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 25/01/2011
Reeditado em 29/07/2021
Código do texto: T2750198
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