CASTELO
Ali naquele castelo
Sempre imponente e belo
Mora uma criatura solitária
Quase sedentária até
Não se sabe se é
Pecadora ou pura
Eloquente ou tímida
Adulta ou infantil
Lúcida ou senil
Pouco sei a seu respeito
Mas a vejo com frequência
Sempre fugaz e reluzente
A caminhar silenciosamente
Descendo e subindo
Vivendo a ermo
Como enfermo
Frente a frente com o desespero
Rumando inconsciente
Contra o espelho
Exibindo assim
Sua face verdadeira
Assustando-o incontinenti
Por estar rente
Com vulto destorcido
Totalmente perdido
Dentro de uma armadura indestrutível:
Na verdade seu coração de vidro.
Ali naquele castelo
Sempre imponente e belo
Mora uma criatura solitária
Quase sedentária até
Não se sabe se é
Pecadora ou pura
Eloquente ou tímida
Adulta ou infantil
Lúcida ou senil
Pouco sei a seu respeito
Mas a vejo com frequência
Sempre fugaz e reluzente
A caminhar silenciosamente
Descendo e subindo
Vivendo a ermo
Como enfermo
Frente a frente com o desespero
Rumando inconsciente
Contra o espelho
Exibindo assim
Sua face verdadeira
Assustando-o incontinenti
Por estar rente
Com vulto destorcido
Totalmente perdido
Dentro de uma armadura indestrutível:
Na verdade seu coração de vidro.