Coisas que Sinto...
Talvez seja, mas não existe a certeza.
Tem convivência e tenra amizade...
É antigo, é transparente,
feito água corrente num rio de saudade...
Um convidativo abrigo.
É solidário, carinhoso ao extremo das letras,
e me pertence como se nascido comigo.
Como pode ser isso? Refrescante...
Como frutas frescas em manhã pós chuva,
como a mão acariciando a luva,
em poemas pedindo para serem escritos...
Sem conflitos, isento de ausência e desconforto,
não tem nome de amor, tão livre de mitos.
É o contraste delicado do esmalte vermelho
em mão branquinha...
que manuseia o poema pronto para ser lido...
Pois pensa breve, ao caminhar assim, tão leve,
espiando maravilhas dentro do meu vestido...