Morte eterna

Neste poema, não há depressão, nem tristeza. Faço das experiências de perda que tive na vida uma expressão do mistério da morte. Essa é uma das formas de reflexão.

Morte eterna

A sorte, então, trará imenso medo

Porque a morte é a sorte do enredo

Que entrelaça a ilusão de eternidade.

Na vida, a eternidade, é de brinquedo

Porque aporte o seu navio de segredo

Que afundará o tempo da normalidade.

O corte, assim, fará o desapego

Porque o forte será frágil bem mais cedo

Que sonha o engano, ficção só de vaidade.

A morte, então, trará o mesmo enredo

Porque será a própria morte do segredo

Que verterá o mundo todo de igualdade.

Fábio Alvino
Enviado por Fábio Alvino em 24/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2748380
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