Quando os pés falam.
Quando os ouvidos se negam
a escutar impropérios da vida;
quando neles penetram
sons de intensa harmonia;
os pés se mostram
verdadeiros declamadores de poesia;
marcando o compasso da alma
ritmada de imensa alegria.
Os pés são como barbatanas de peixes
que desenham coreografias na água;
movimentos suaves ou calientes
com pressa prá chegar a nada;
os corpos ficam atraentes
a dança é mesmo encantada;
os sapatos ficam eloqüêntes
e cantam versos prás longas saias.