UMA APETITE INCOMUM
A fome que me consome toda noite
Nenhum alimento é capaz de saciá-la
E perversamente feito um acoite
Golpeia-me a razão até desnorteá-la
Sou tomado por um desespero sem fim,
Por um desejo primitivo e arrebatador
De tê-la toda somente para mim
Sem temer a ousadia ou falta de pudor
Ó traços da mais pura sensualidade!
Que me empurra o sono para a madrugada
Mate-me a fome de tua castidade
Antes que a loucura me faça de morada
O prazer que na solidão eu busco
Já não sustenta mais o desejo animal
E só em teu corpo nu (eu juro!)
Posso finalmente ter um sonho real