Entre o céu e o mar
Ao mar soberbo entreguei-me
falta-me uns goles de céu estrelado,
logo os estarei degustando
e deixando-me envolver pelos astros
e, imersa na viagem gasosa
estarei embebida do desconhecido
buscando despir velha camada
Retornarei renovada de sonhos
darei-me o direito de construir castelos
de pó de estrelas, de partículas oceânicas
do mais doce mel das galáxias...
Hoje ainda tenho os pés enfeitados de areia fina
com frescor de algas e resquícios de estrelas do mar ...
Tenho, ainda, um olhar um pouco perdido
As mãos ainda tremulas como as folhas à brisa
E, o estomago ruidoso, a ruminar abismos...