PONTO FINAL

Jamais arranhei meus sonhos com tolices.

Pensei sempre em tê-lo junto a mim.

Nunca fui fã da mentira, nem crendices,

mas me encolhia de medo da palavra fim.

O tempo foi passando e dando muitas voltas.

A vida foi encolhendo, a tarde escurecendo.

Eu sentindo na alma que as bruxas estavam soltas,

que as luzes prestes a apagar e tudo desaparecendo.

Caiu meu mundo, minhas preces iam morrendo,

Junto aquele que julguei ser ele encantado.

Foi o sonho as alegrias, todo o contentamento.

Caiu a cortina, prostrou a mulher, foi-se o amado.

Ficou o vazio, o luto, o choro, o grito engasgado,

O homem trancado dentro do grande mausoléu.

O sorriso antes muito apreciado, hoje apagado,

Diante das estrelas ajoelhadas ante o meu céu.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 23/01/2011
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