AINDA BEM

É tudo poesia

Ainda bem

Num mundo inventado

Ainda bem

É possível amar e ser amado

Ser triste ou animado

Ainda bem

Tem horas, porém

Que a poesia é só desdém

Vem o poeta

Faz o verso

A estrofe

E a embeleza como ninguém

Ainda bem

Fica tudo na medida

Sonoro e ritmado

Tem os que gostam

E os que não apreciam também

É tudo poesia

Ainda bem

Depois do arremate

Toma-se um chá de mate

E em busca de mais inspiração

Vai mais além

É tudo poesia

Ainda bem

E quando aquela não quer

Não vem

O poeta sofre

Mais triste que um réquiem

É tudo poesia

Ainda bem

E de tanto procurar o ideal

O poeta quer ir mais além

E ele consegue

Tudo é poesia

Até que a vida passe

Tudo é poesia

Ainda bem

***

Nesta página incluo a significativa interação da colega paranaense, a poeta DALVA MOLINA MANSANO:

É tudo poesia,

aquilo que agrada,

aquilo que ofende,

a dor que translada,

o amor que se rende.

É tudo poesia

aqui nas minhas mãos,

aí, distante, nas suas

é tudo poesia no meu coração,

e no vão das ruas

é tudo poesia em peito aberto

tudo é poesia de longe e de perto

Tudo poético nos seus olhos

e aqui, brincando, nos meus

tudo é poesia mesmo na hora do adeus.

taniameneses
Enviado por taniameneses em 23/01/2011
Reeditado em 23/01/2011
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