Meu Flamboyant
Meu belo Flamboyant quanta saudade!
Recordo-me do seu porte frondoso
Acolhendo por ser tão generoso
Pássaros que cantam sua liberdade.
Sentada na varanda da casinha
Via sua cor vermelha pintar o céu
Estendendo-se como um grande véu
Esperando a chegada da noitinha.
Quando a lua despontava luminosa
Feliz, cantarolava uma canção
Grata por ter você no meu rincão
Presente da Natureza bondosa.
Foi palco dos sonhos da juventude
Recordações repletas de emoções
Testemunha das ardentes paixões
Coração em estado de plenitude.
Hoje, quando vejo um dos seus irmãos
Reaviva na memória seus encantos
Espalhando beleza pelos cantos
No verão, flores caem em minhas mãos.
Neneca Barbosa
João Pessoa, 21/01/2011