Um dia
de Versos
intensos,
lamentos
na Letra escondidos.

Um dia de dúvidas. 
Díívidas de Rimas em cima do muro
e o Poema calado, pálido no escuro.

Morra a Poesia gélida,
surda, boquiaberta,
inerte, insensível ao meu grito.
Se não me ouve,
morra,
enquanto minha alma aflita
vagueia por solo infértil -
e a Palavra
em rumo incerto, quase pronta, 
estronda estruturas
na escultura de ouvidos de pedras.

Maldito seja todo grito,
que jaz sem sentido,
no banco surdo da Espera.

Morra, masmorra.
E durma para sempre
no fogo eterno do Inferno.
Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 21/01/2011
Reeditado em 22/01/2011
Código do texto: T2743274
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