Inconstante

Tanto castelos, tantos sonhos

Quis eu construir.

Ruíram-se na areia do presente no porvir;

Eram quimeras ou loucuras?

Eram desejos, fissuras

ou apenas quereres

Passageiros

nada mais que pensamentos

Vagos

pelas ondas de minh’alma errante?

Tantas vezes fui tão inconstante

Que nem mesmo soube quem fui.

Era claro.

Viandante pela obscuridade

De meu ser que nada sabe

Mas tudo sente sem ver

Me perdi

me refiz

Retornei à luta e me recompus.

Tudo soube

nada quis.

Apenas um pouco mais

de constância

E certeza no coração.

Paulo Filipe
Enviado por Paulo Filipe em 21/01/2011
Código do texto: T2742710