Rosa Savle

Todo o instante desejo lhe tocar,

Estranhamente deitar sobre seu corpo,

Sua saliva de vinho,

Sua rosa de dor,

Colher de sua boca tudo,

Todas as palavras para morrer,

E no suor da sua pele,

Esboçar nossos rostos,

Escrever – Eu te amo...

Ninguém nunca te fará ser tão você,

Como eu faço,

Sou o único que pode te levar até você,

Seus pedaços e meus pedaços,

Um.

Entre os dias labirínticos,

Nos abismos dos porquês,

Suas falhas e imperfeições,

Deitadas sobre o leito,

Um espelho de raiva,

Despedaçado com prazer,

Sou eu.

Sou seu veneno vistoso,

O vicio Amante de seus lábios doces.

Você me ama com suas garras,

Com sua louca razão,

E seu ódio de me decepcionar.

Levo-te a noite no silente,

Ao ver-te desnuda,

E lembrar a forma lisa,

Da essência de todas as coisas puras.

Da débil ânsia,

Sobre a luz na face,

Nas ocultas alcovas,

De seu coração violeta,

De suas raízes tépidas que gemem meu nome,

Seus céus amarrados,

Esse rumor maligno,

Destruindo a sua alvura,

Mas não seu orgulho tolo que me mata...

Mil amores nos desfiladeiros,

E sem o meu,

Sua jasmim é nada,

Seu seio é neve,

Seus campos ferimentos,

Você – uma cicatriz imêmore,

Até da terra a língua dissipar as maçãs, o sangue,

E a morte obscura...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 20/01/2011
Código do texto: T2741385
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.