AO SOM DA FLAUTA

Eu tomava a minha flauta

bem junto ao meu peito

observava como um nauta

um canto longíquo perfeito.

Além da escuridão vasta,

uma nota eu pude arranhar,

os meus ouvidos diziam: Basta!

Cansei-me de ouvir-te entoar!

Rumoreja a noite o calar,

altas horas sonora canção,

infringia a lei do silêncio ao tocar

sons da flauta, querida audição!

Mas adejam canções fagueiras

no ar da noita, a alma flauteia,

entoando as notas primeiras,

e fremia no ritmo a candeia.

Outrora no peito os ardores

se apagavam ao som faceiro

de ouvidos tocavam amores,

entoados do canto caseiro.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 20/01/2011
Reeditado em 20/01/2011
Código do texto: T2740647
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