AO VINHO

Eu sou palavras

Sou as ressacas

Estou no ato

Não faço caso

Debruço-me em seus lábios

Deixo-te sentir meu afago

O doce aroma de minhas uvas

Sou a embriagues chegando

Eu sou um compasso descompassado

Cantado por violeiros enluarados

Bebido por amantes em seus acasos

E no fim da noite...

Da madrugada...

Posso Ser o calor em teus braços

Ser a tua dor de cabeça

Ter-te envolto em meus laços

Se ainda não adiVINHOu

O adiVINHO eu sou