JUNTO AOS RIOS DE BABEL
Juntos aos rios de Babel,
levado cativo, foi Israel,
por Nabucodonosor,
impôs ao povo a opressão,
sentiram o peso da mão
levado no vento e na dor.
Pediram-lhes os babilônios,
como zombaria, os demônios:
Cantai-nos um canto de Sião;
pegai as harpas e as líras,
cravadas todas em safiras,
cantai-nos a vossa nação!
Mas diziam os cativos:
Não temos sequer motivos,
cantar em terra estranha
a nossa reza sagrada,
e isso a D´us não agrada,
por que tal coisa vos assanha?
O rei que nos oprimia,
a D´us não conhecia,
foi e conquistou Jerusalém
pois lhe valia o poder
de cada povo vencer,
não tinha valor mais ninguém.
Mas o rei, nesse triste afã
de ignorar a luz da manhã,
levou o povo á escravidão
blasfemando contra o seu D´us
e banindo os costumes seus,
atraindo para ele maldição.
Não cantar, nem trovar,
não sorrir, nem se alegrar,
se distante ficou o coração
da sacra terra de Israel
que agora estão em Babel
sob pena de humilhação.
(YEHORAM)