SILÊNCIO DAS PALAVRAS

Não sei mais me escrever.

Me falta ser o que se foi

contigo.

O ser-sem-ti me esvazia de mim

e só existo no tempo desse verso.

Desperto do torpor de não te (ha) ver

somente quando me falas

(mesmo longe).

Então, e só então,

pelo curto espaço de tua voz dizer meu nome,

volto a ser o que mais profundamente

Sou.

Cliz Monteiro
Enviado por Cliz Monteiro em 18/01/2011
Código do texto: T2737725
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