Negreiros Navios
Da África, negreiros navios
Os mares singravam
Abarrotados de escravizados
Nos portos ancoravam
Como inglória mercadoria
Eram negociados
E em nefasta agonia
Nenhum era poupado
O martírio continuava
Os negros desventurados
Nas infaustas senzalas
Como animais tratados
Negros fugidios
Em quilombos reunidos
Buscando com tenacidade
A sonhada liberdade
Liberdade ainda hoje
Tão sonhada
E com dificuldades
Por poucos alcançada