O JARDIM DO EDD
Nada me resta além de fecundar palavras
Explodir os verbos na luz das queimadas
Fazer da costela os frutos do dia
EVAporar tentação na mordida da poesia
Sugar da serpente o beijo cálido selvagem
Fabricar do veneno minha própria imagem
Notória quando a carne se fez verso
Ao habitar insana criadora do universo.
Venham anjos doces colibris de repente
Na linguagem infernal sôfrega enlouquente
Recriar meu canto terno, piedoso, enfim
Voai, voai ao voraz paraíso bárbaro de Zeus
E dizer-lhe da formosura dos amores meus
Das rosas poéticas deste eterno sagrado jardim.
Edd Wilson