***Cálice***
Sorva a minha alma assim, calmamente
Beba até a última gota, sangrenta e volátil
Acaricie pela última vez, tão derradeira
As lágrimas tintas, que descem pela face
Que refletem assim, o meu imenso amor
Estremeça então, como uma tormenta
O meu pobre coração já tão trincado
Acostumado ao meus tristes desvarios
E eu em mortalha de angústia e de dor
Escrevo no vento as minhas lembranças
E te digo meu doce amor, sofri, mas amei
Arrependida garanto que eu não estou
Embora da vida eu leve a desventura
De amar eternamente sem ser amada
Minhálma é um cálice transbordante
De amor e paixão e incontida loucura
Embora seja tão infeliz e periclitante.
by
RosaMel
18.01.11
12.45h