Versos egoístas






Que não sejam pequenos, teus espelhos:
Que sejam amplos, que vejam o mundo,
Suas mazelas, seqüelas e sintam suas dores.
Sensíveis à verdade alheia. Que te cerceiem como um fim.
Que vistam-se de fantasia e contenham utopias
Compromissados com verdade mais ampla do que tu possas ver.
Que te permitam mergulhar na magia que não esteja em teus dias,
Que rompam tuas barreiras com o mundo e façam a muitos esclarecer,
Que não sejam a crônica do teu dia-a-dia para tuas tragédias arrefecer.
Que sejam versos que olham as pedras, algo que não sejas tu.
Que sejam versos que não te imponham e exponham,
E sim, que perseverem teus sonhos.
Feche a cortina do palco em que impertinente,
Perseveras em esquizofrênico diálogo
Nos teus versos egoístas, esses, sim, demagogia.
 
Por Deus! Livre-nos de os ler!



SENHOR DÁ-ME LICENÇA POÉTICA PARA USAR TEU NOME EM VÃO
elisasantos
Enviado por elisasantos em 25/10/2006
Reeditado em 26/10/2006
Código do texto: T273632