EU, EM VERSOS, ESCONDIDO

Não tenho tanto para falar, tenho medo...

Não de que interpretem mal o que digo,

Mas se descobrirem meu segredo.

Tenho palavras, várias, que guardo comigo

Para falar de mim aos meus versos

Entretanto, escondo-as em lugares diversos.

São metáforas, antíteses, e outras figuras de linguagem

Que carregam minha essência em rimas imperfeitas.

Nada só de literatura infantil ou só sacanagem,

Também não sou uma poesia parnasiana ou uma receita,

Sou um verso de algum escritor angustiado

Que escreve bêbado, bobo e apaixonado.

Não é tudo. É mais que um começo, eu acho.

Ser uma poesia pode ser para sempre...

Que ironia! Uma hora, eu acabo.

Não existe poesia em toda mente!

E mente quem disser que ser parte de versos é frustrante!

Não sei mesmo quem é o poeta que me escreve,

Porém, sou uma poesia em construção constante,

E prometo que, quem lê, não esquece!