Da lei...

[...]

– Seria mais fácil de entender se, por acaso, te falasse,

mesmo que com palavras gastadas, (como da fogueira

que se inflama, e quase queima minhas retinas quando

eu te beijo) de flores e matizes que nascem – crescem...

e, por ventura, morrem – no meu coração... quando te

[vejo;

Do frio que me sobe espinhaço acima, quando me falta

a palavra certa para te dizer, ou, sequer duas erradas,

[quem sabe?

... Para disfarçar;

Da paz que me invade quando eu bebo do teu riso...

Do riso que se me aflora tenro, posto que amarelo, pre-

[ciso.

Do amarelo que demora nos céus, quando me cobres

nas tuas sombras – grutas – de fêmea...

Dos verbos que transitam pela minha boca, e rimam

[com a cor da maçã do teu rosto...

Seria, acaso, não ter a forma única, exata, de saber

o que dizer, e, assim, talvez, poder dizer do que for

da lei – ou do que não que for; que importa?

ou, simplesmente, o fato de dizer eu te amo?

[...]

– Dizer eu te amo!

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 18/01/2011
Reeditado em 19/01/2011
Código do texto: T2735944