"Orvalhadas Estradas"

Palmilho distâncias em passos aéreos
sob noites de orvalhadas estradas
as quais percorro em pensamento
no intuito de vencer o próprio tempo

Desejo romper as esferas cinzentas
dedilhar as flores despidas de agonia
sentir a brisa refrescante e incendiária
vestir-me de amor sem escusas alegorias

Tateio a escuridão profunda da clara madrugada
entre rajadas de cintilantes desejos, rosas abnegadas
entre a haste da razão desorientada
entre os espinhos de paz aprisionada

Lacrimeja árdua dor, a alma que pulsa amor
em tristonhos passos de não sei onde
num horizonte em que o sol se esconde
no peito a saudade se alimenta, em silenciosa flor...


Depois dos versos escritos, um pensamento se faz compreendido, d'um momento que vivo...nas nuanças que tenho sentido...

                                           "Palmilho distâncias
                                            em passos introspectivos
                                            na face um olhar castanho perdido
                                            na memória de voo em curto espaço
                                            nas asas furtadas d'um abraço"


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 18/01/2011
Código do texto: T2735708
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