BANHO.

A lua vai derramando-se, *Elenite.

A terra macia esfriando

Na noite solidão,bailam vaga lumes

Seres alados cumprem sua breve existência.

Nesses vales, todo meu luar banha vidas.

Presente da minha infância querida,

Faz-se tão meu esse luar,

Na terra a espalhar-se.

Tudo a banhar-se de sua doce luz,

Todos aqui em baixo estão nus,

Expostos a esse banho de lua tão minha.

Que tão terna,vem beijar a noite pura.

Sigo minha estrada,não sou sozinha.

Comigo vão todas que sou,

E caminho com a bagagem de sonhos.

Vaga lumes bailam risonhos...

Nessa noite de lua tão plácida,

A terra esfriada,existências inconclusas.

E seres cuja existência já finda,despedem-se da vida.

Eu caminho ainda,sorvendo meu luar e minha noite prata.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 17/01/2011
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2735646
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