BANHO.
A lua vai derramando-se, *Elenite.
A terra macia esfriando
Na noite solidão,bailam vaga lumes
Seres alados cumprem sua breve existência.
Nesses vales, todo meu luar banha vidas.
Presente da minha infância querida,
Faz-se tão meu esse luar,
Na terra a espalhar-se.
Tudo a banhar-se de sua doce luz,
Todos aqui em baixo estão nus,
Expostos a esse banho de lua tão minha.
Que tão terna,vem beijar a noite pura.
Sigo minha estrada,não sou sozinha.
Comigo vão todas que sou,
E caminho com a bagagem de sonhos.
Vaga lumes bailam risonhos...
Nessa noite de lua tão plácida,
A terra esfriada,existências inconclusas.
E seres cuja existência já finda,despedem-se da vida.
Eu caminho ainda,sorvendo meu luar e minha noite prata.