Tessituras
Nada de novo afoita ou se revela
Nenhuma sandice ousa ou desatina
Sem sinais, sem plurais e sem viés
Atrito o meu querer com esta sina.
Destrato a poesia, enfastiado dia
Pois do sentir quimera, eu não desisto
Deixo escorrer da tristeza analgesia
E o medo refugia-se nas entrelinhas.
Na concretude do vazio tento
Colher as flores na solidão do peito
Retorno ao céu, conto estrelas, canto ao vento
Forjo alegria e faço tramas do meu jeito.
Natal-RN 16/01/2011