TEMPO DISTANTE
O tempo parece que para, quando você se vai
sobre a neve do céu, na falta de palavras no papel
quando falta-me o teu ser, sobre as janelas de infinitos ais
e você vaga por ali, e eu aqui, em passos circunstanciais
Sobre as sombras do léu, vestígios de arranha-céus
entre antenas de tv, essa ardente falta de você
nos espaços vagos, tanta saudade a sufocar
esperando sinais de estar, o celular tocar
E a madrugada insiste em ficar,
na mudez que não quer calar
nesta falta de respirar
nesta dor que insiste em gritar
Procuro por ti em ato inconsequente
e decolam os sonhos-canções
neste coração silente, de paz ausente
quando de ti me faltam as sensações
Maldito tempo, que se arrasta em castigo
quando tanto te quero e não está comigo
cada minuto é desatino, é sofrer no infinito.